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OranjeBTC inicia operações na B3 com 3.675 bitcoins

A OranjeBTC S.A. fez história nesta terça-feira, 7 de outubro de 2025, ao se tornar a primeira empresa completamente voltada para o Bitcoin a ser listada na B3, a bolsa de valores do Brasil. Essa é uma novidade importante que coloca o país em destaque no debate global sobre o Padrão Bitcoin.

Durante a cerimônia de abertura em São Paulo, a empresa anunciou a aquisição de 25 novos Bitcoins (BTC) entre 25 de setembro e 6 de outubro, totalizando USD 2,8 milhões, ou cerca de R$ 15,5 milhões. O preço médio pago foi de USD 112.500 por unidade, tudo com recursos próprios, acumulados em rodadas de capital anteriores.

Com essa compra, a OranjeBTC chega aos 3.675 BTCs em sua tesouraria, um valor que supera os R$ 2 bilhões. Essa marca a coloca entre as 25 maiores empresas detentoras de Bitcoin no mundo, tornando-se a maior holding corporativa do ativo na América Latina.

OranjeBTC e o Bitcoin

O fundador e CEO, Guilherme Gomes, comentou que a listagem representa o início de uma transformação para o mercado financeiro. “Há um ano, era apenas uma ideia. Hoje, reunimos investidores, times e apoiadores, e estamos apenas começando”, afirmou. Gomes ressaltou que a missão da empresa vai além de manter uma grande tesouraria; eles também buscam educar o público sobre o Bitcoin e preparar todos para o novo cenário monetário global.

Além disso, a OranjeBTC já planeja se expandir para outros países da América Latina. “Primeiro vamos consolidar nossa operação no Brasil, depois partir para outros mercados na região e, quem sabe, nos próximos anos, listar a empresa em bolsas internacionais”, acrescentou o CEO.

Inovação financeira

Gomes também destacou que a OranjeBTC entra no mercado de forma eficiente e sustentável, com recursos garantidos para operar nos próximos três anos. Uma novidade é que a empresa emitiu a primeira dívida do Brasil sem juros, especificamente para a compra de Bitcoin. Essa dívida de R$ 128 milhões tem um prazo de cinco anos e não permite resgates antecipados. Segundo ele, essa operação, apesar de pequena, é simbólica e demonstra como o setor financeiro pode se adaptar a esta nova economia.

Com essa estrutura inovadora, a OranjeBTC reafirma a ideia de que o Bitcoin pode ser parte do sistema financeiro de maneira transparente, criando conexões entre os mercados tradicionais e os digitais. A estratégia da empresa é baseada em três pilares: tesouraria, educação e cultura Bitcoin. O primeiro pilar visa fortalecer a base patrimonial, o segundo busca aumentar a educação financeira com cursos e eventos sobre Bitcoin, enquanto o terceiro tem como função espalhar conhecimento e estimular a adoção do ativo em toda a América Latina.

Continuar comprando Bitcoin

Gomes ressaltou que a empresa vai seguir uma política de compra contínua de Bitcoin, sem estabelecer metas rígidas. “Não temos um número mágico. Nossa abordagem é disciplinada, independentemente do preço do mercado. O foco é acumular valor a longo prazo”, explicou ele.

Inspirada em experiências de empresas como a MicroStrategy nos EUA e a Metaplanet no Japão, a OranjeBTC adapta um modelo de tesouraria corporativa com foco em Bitcoin para a realidade latino-americana. Com um conselho de administração respeitável, que inclui nomes como Fernando Ulrich, Josh Levine e Eric Weiss, a OranjeBTC está preparada para democratizar o acesso ao Bitcoin, permitindo que tanto brasileiros quanto investidores estrangeiros façam parte dessa nova economia digital.

Ulrich destacou a importância dessa estreia para o Brasil: “Temos milhões de investidores em ativos digitais, mas ainda há uma carência de conhecimento estruturado. A OranjeBTC é a resposta para isso, unindo educação e investimento real.”

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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